Don’t Stop Believin ( Journey )

Destino ou coincidência?

Em qual dessas situações você acredita?

 Independente da sua crença, há acontecimentos em nossas vidas que nos faz refletir sobre destinos ou coincidências

Essa música que citei ali em cima protagonizou dois momentos na minha vida e que me trouxeram ensinamentos importantes.

Momentos que exigiam persistência para vencer um desafio.

 

Retorno aos esportes

 

Por um longo período na minha vida a prática de esporte era algo raro, por inúmeros motivos, os quais, agora após anos, sei que eram apenas desculpas para não realizar.

 Então no começo de 2018 resolvi voltar a atividade física, estava obeso, já tomava medicamento para hipertensão, só tinha 39 anos e algo precisava mudar.

Comecei a treinar sozinho e a correr na esteira do prédio em que moro. Depois de 2 meses resolvi participar de uma corrida de rua, a convite de uns amigos, uma atividade que estava em alta em São Paulo e acho que no planeta.

 

Consegui completar os 5km, mas ao final tive muita dor no joelho direito, que dificultava andar. Percebi então que precisava de uma academia, um acompanhamento profissional, fortalecimento da musculatura das pernas e maior perda de peso.

Entrei na academia, melhorei a alimentação e continuei praticando a corrida, participei de mais provas de 5km e as dores foram diminuindo até conseguir uma prova completa sem queixas.

 

Evolução natural.

 

O tempo foi passando e então resolvi participar de uma prova de 10km, foi difícil e dolorido no final, mas estava feliz por ter terminado.

Você deve estar se perguntando, onde essa novela vai chegar, calma, já vou chegar ao ponto, mantenha a persistência, lembra da música?

Bom, quando fiz meus primeiros 10km, a minha esposa fez a sua primeira prova de rua também, 5km, ela começou a correr uns meses depois de mim, então se tornou uma atividade de casal.

Começamos a participar de várias provas juntos e uma delas foi noturna, com o tema “Rock”. Um clima agradável, ambiente diferente. Porém foi uma corrida difícil, porque muitas pessoas estavam andando e tínhamos que desviar, isso causava um maior desgaste e aqueles 5km, pareceram muito mais.

Então, novamente,  no meio da corrida meu joelho começou a doer, como há muito tempo não sentia. Pare agora e pense na pior dor que você já teve, pensou? Então foi essa que eu tive.

Eu não queria parar, precisava terminar a corrida. Olhei para o lado, minha esposa estava comigo, sempre me dando apoio, olhei as pessoas ao redor, as árvores, o céu limpo e a minha playlist de Rock no ouvido, lembram que era uma corrida com tema Rock?

Adivinhem qual música começou a tocar? 

Muito bem, essa mesma: Don`t Stop Belivin. Simplesmente esqueci a dor no joelho e corri até o final. 

Foi uma sensação de vitória, uma felicidade imensa e agradeci por ter decidido tentar até o final.

Naquele momento não saberia que aquela música iria tocar novamente em uma situação de vitória e superação, mas não somente para mim.

 

Desafio e vitória não tem idade.

 

O meu filho, há uns anos ganhou uma bicicleta do meu sogro, foi uma situação incrível, por que do nada ele apareceu com a bike dos sonhos, a qual também nos faz pensar em coincidência ou destino, mas deixarei essa história  para um próximo post.

Ele ficou muito feliz, no dia até montamos o quarto dele de uma forma diferente para poder dormir ao lado da bicicleta. 

Como tinha 4 anos, ele usava rodinhas para andar. Intercalamos passeios e dias de andar de bicicleta aos finais de semana. O tempo foi passando,  o Otávio foi crescendo, e então chegou o momento de tirar as rodinhas.

Como a maioria das crianças e também dos adultos, havia o medo do desafio, da mudança, medo de não conseguir e de decepcionar os pais. Foram várias conversas, às vezes discussões, deixamos um pouco o assunto na gaveta.

Então, nas férias de fim de ano decidimos retirar as rodinhas. Fomos para a praia, levamos a bicicleta, havia no condomínio uma ótima quadra para os treinos.

 

 

Começamos como todos os pais fazem, um local calmo, segurando a bicicleta. No início eu era quem segurava a bicicleta, mas as coisas não estavam evoluindo bem, eu ficava impaciente, o Otávio ficava nervoso e inseguro.

Conversamos e decidimos trocar, quem ia ajudar agora era a minha esposa. E foi uma ótima mudança, porque eles se adaptaram bem à situação.

A vida é assim, em alguns assuntos o pai consegue lidar melhor que a mãe e vice versa, isso não significa que um seja melhor que o outro, mas sim que os filhos têm muita sorte de ter apoio dos dois.

Então começou a saga, às vezes ele queria, em outros momentos não estava disposto, utilizava discurso negativos, mas como a minha esposa é persistente e determinada, conseguia convencê-lo a treinar.

Foram várias idas ao Paço Municipal, estacionamentos, até que o grande dia chegou. Após vários treinos ele conseguiu dominar a bicicleta, equilibrou-se e saiu pedalando sozinho. Uma vitória, uma conquista de muito trabalho e dedicação.

 

Adivinhem o que estava acontecendo bem na hora que o Otávio pedalou sem ajuda?

 

Isso mesmo, estava tocando a música: Don`t Stop Belivin.

Ficamos orgulhosos, no sentimos realizados e vitoriosos. 

Se foi coincidência ou destino não sei dizer. E apesar de ser uma simples história, foi uma grande vitória, deve ser comemorada e guardada na lembrança.

Devemos mostrar aos nossos filhos que há desafios na vida, alguns simples, outros mais complexos, mas todos precisam ser enfrentados, com determinação e coragem.

No começo estaremos juntos para ajudar, mas em vários outras situações iremos apenas torcer por eles e abraçar no final, não importando o resultado.

Haverá vitórias, mas também derrotas, o importante é não desistir e sempre aprender com o resultado.

 

 

Portanto desafie seus filhos, ensine-os  a lutar, persistir e quando chegar ao final aceitar o resultado, seja qual for, e aprender com ele.  

 

Observação

 

Sobre aquele joelho que me incomodou… Bom sempre que iniciar atividade física, ou retomar exercícios em sua vida, faça um check up. Procure também profissionais, educadores físicos para te auxiliar e orientar, no meu caso, não havia lesão, era uma questão de ajuste da maneira de pisar nas corridas, de usar o tênis correto e todo o desconforto passou! 

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